O Grupo Adorno decidiu ingressar no mercado aéreo em 2010, criando a Sideral Linhas Aéreas. A empresa começou com um Boeing 737-300 cargueiro que rapidamente foi integrado à RPN (Rede Postal Noturna) dos Correios. A Sideral logo expandiu seu negócio e conquistou outras rotas da RPN, adicionando um Boeing 737-400 à frota em 2013. Mais uma aeronave chegou em 2014, e no ano seguinte, a empresa paranaense recebeu quatro Boeing 737 adicionais, nos modelos -300 e -400. Ao consolidar seu sucesso no mercado cargueiro, a Sideral decidiu, em 2016, trazer um Boeing 737-300QC (Quick Change) para prospectar novas oportunidades com a estrutura operacional já existente.

Foi nesse período que uma tragédia de repercussão mundial abriu um nicho de ouro para a Sideral. O acidente que vitimou a delegação do time de futebol da Chapecoense em 2016, na Colômbia, expôs o amadorismo praticado por uma empresa boliviana que vinha dominando os fretamentos esportivos. A Sideral investiu no mercado de fretamento de passageiros, trazendo um Boeing 737-300 puramente de passageiros no início de 2017 e, posteriormente, um par de Boeing 737-500, configurados em layout VIP para 52 passageiros. Neste ponto, a empresa havia conquistado a quase totalidade das rotas da RPN dos Correios, o que contribuiu para a retirada do mercado de concorrentes como a RIO Linhas Aéreas e a STERNA Cargo. Para dar conta da demanda da RPN, a Sideral chegou a operar por um curto período dois Boeing 727-200 da RIO, que ostentavam as cores básicas da antiga proprietária com títulos da Sideral na fuselagem.

A expertise na operação dos modelos 737-300, -400 e -500 permitiu que a empresa se consolidasse na RPN e no mercado de charters para times de futebol e grupos especiais. Naturalmente, a Sideral passou a buscar a renovação de frota, focando no 737NG (Next Generation). Desse modelo, recebeu a primeira unidade: um Boeing 737-800 na versão passageiros e um na versão cargueira. Com o agravamento da crise dos Correios no Brasil em 2025, a Sideral viu seu maior cliente cancelar diversas linhas, o que obrigou a empresa a estocar seus Boeings em Curitiba. Das outrora 11 rotas dos Correios, hoje restam apenas três. A crise levou a empresa a paralisar praticamente todos os seus 737-300 cargueiros, dedicando o QC PR-SDO exclusivamente ao serviço de fretamentos de passageiros.