A TOTAL Linhas Aéreas surgiu em 1988, iniciando suas operações com um EMB 110 Bandeirante. A empresa utilizou os Bandeirantes e seu primeiro Brasília, o PT-STN (o primeiro EMB 120QC entregue pela Embraer), em atividades modestas até dezembro de 1994, quando foi adquirida por Alfredo Meister Neto, do Grupo Sulista. Esta aquisição marcou a virada de chave para a companhia iniciar sua trajetória de sucesso no mercado aéreo brasileiro. Em janeiro de 1996, a TOTAL obteve seu CHETA (atual Certificado de Operador Aéreo - AOC) junto ao DAC para operar como empresa aérea regular. Isso foi impulsionado pela incorporação de um ATR 42 (PP-ATV), seguido pelo PT-TTL. Os aviões ATR se tornaram o principal meio para a TOTAL ganhar mercado, atuando como prestadora de serviço para os Correios e em fretamentos corporativos.

Em 1997, ocorreu uma situação curiosa: a TOTAL adquiriu dois EMB 120 na França (matriculados como PP-PTA e PP-PTB), mas os vendeu em seguida para a Viação Caprioli, que estava criando a TRIP Linhas Aéreas. O caminho dessas duas empresas voltaria a se cruzar no futuro. Especialista em ATR, a TOTAL começou a desbravar nichos regionais em Minas Gerais e estabelecer parcerias com outras companhias. Em 2000, trouxe o Boeing 727-200F para os serviços cargueiros. A atuação como linha aérea regional começou no eixo Belo Horizonte - Montes Claros e se expandiu até chegar a Manaus. A TOTAL se tornou uma das maiores regionais do Brasil e foi responsável pela introdução do ATR 72 no país em 2005, com o recebimento do PR-TTI. Sua expansão regional chegou ao fim em 2008, quando a TRIP adquiriu seus ativos de linhas de passageiros, hangares em Belo Horizonte e toda a frota de ATR 42-300/ATR 72-212. A TOTAL reteve o hangar de Manaus, um trio de ATR 42-500 dedicados a um contrato com a Petrobras na linha Manaus - Porto Urucu e, claro, a operação da RPN (Rede Postal Noturna) dos Correios com o Boeing 727-200F.

A nova fase da TOTAL previa a introdução de aeronaves maiores, como o 757-200F e o 767-300F, mas isso não se concretizou. A principal novidade veio em 2021 com o Boeing 737-400F, aeronave com a qual a empresa pretende renovar sua frota à medida que o Boeing 727-200F se aproxima do inevitável phase-out. A base administrativa da empresa está em Belo Horizonte, MG, mas os aviões cargueiros partem principalmente de Guarulhos para as linhas postais, exceto os ATR 42, que são baseados em Manaus, AM. Em dezembro de 2023, circulou a notícia da venda da TOTAL para um grupo de logística e um sócio mineiro, com a perspectiva de introduzir aeronaves ERJ 145 e trazer o retorno dos ATR 72 à frota, retomando sua vocação regional.

Com a nova gestão de Paulo Almada a partir de janeiro de 2024, a empresa retirou os Boeing 727-200 e trouxe mais Boeings 737-400F para a operação cargueira. Foram feitas promessas de retorno dos voos de passageiros, citando a possível inclusão de aeronaves como ATR 42-500, ATR 72-500, ATR 72-600, Comac C919 e Embraer 195. Em novembro de 2024, a empresa sofreu um sério acidente, sem vítimas, mas com perda total da aeronave PS-TLB (um Boeing 737-400) após um incêndio em voo.

A TOTAL começou 2025 vendendo seu ATR 42-500 PR-TTK e recebendo mais dois Boeing 737-400F, além de expandir rotas para os Correios, servindo diretamente Guarulhos - Recife. Comenta-se sobre a possível chegada de um Boeing 737-300 de passageiros. No entanto, ao longo de 2025, a crise dos Correios afetou a TOTAL, uma antiga cliente da empresa pública, levando à redução de rotas e ao fechamento de bases. Os planos anunciados para operar Embraer 190/195 avançaram junto à ANAC, mas nenhuma aeronave foi recebida até o momento, e não há divulgação de datas ou rotas planejadas.